O pombo se fartava
Veio o pardal. Pousou
Saltitante, atrevido
O pombo irritou-se
Não queria nada dividido
Ergueu o pão chacoalhando
Fazendo não com o bico
Deu as costas ao pardal
Adiante soltou o pão
O pardal veio novamente
O pombo repetiu tudo
O pombo não percebia
Mas naquele seu jogo
Acudia ao pardal
Que ia enchendo papo
Naquilo de erguer o pão
E depois soltá-lo
Ia dando ao pardal
Do que era desprendido
O sujeito às vezes
Até ajuda por engano
Tão cego na lógica
Do apenas si mesmo
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