terça-feira, 28 de julho de 2015

O pombo e o pardal



O pombo se fartava
Do bocado de pão seco
Veio o pardal. Pousou
Saltitante, atrevido

O pombo irritou-se
Não queria nada dividido
Ergueu o pão chacoalhando
Fazendo não com o bico

Deu as costas ao pardal
Adiante soltou o pão
O pardal veio novamente
O pombo repetiu tudo

O pombo não percebia
Mas naquele seu jogo
Acudia ao pardal
Que ia enchendo papo

Naquilo de erguer o pão
E depois soltá-lo
Ia dando ao pardal
Do que era desprendido

O sujeito às vezes
Até ajuda por engano
Tão cego na lógica
Do apenas si mesmo


Nenhum comentário:

Postar um comentário