terça-feira, 28 de agosto de 2012

Solidão


a chuva arranha a janela, insistente.
Parece tão fria; tão penetrante!
Aqui em minha cama, nada quente.
Sinto-me só, completamente.
Busco calor, no cobertor presente.
Mas a sensação de frio é patente.
O frio e a solidão são parentes!
Como convencer a mente?
Folheando os amigos, mentalmente,
vejo que não são tantos, realmente.
Que no fim sou eu, somente.
Tão só entre toda essa gente.
Como mudar o que se sente?
O passado parece-me tão dolente.
Devo concentrar-me no corrente.
Isso de passado e agir bobamente.
Devemos olhar para frente.
De que festa estou ausente?
É esta sensação de algo pendente?
Um não viver perdido para sempre?
Odeio reconhecer-me diferente.
A seguir como estou atualmente,
a mim será solidão para sempre.