quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

IDEIAS PARA A ELABORAÇÃO DE UM PROJETO PARA O DESENVOLVIMENTO TURÍSTICO SUSTENTÁVEL DE CONSOLAÇÃO - MG


Introdução:

Consolação é um município brasileiro localizada no extremo sul do estado de Minas Gerais. Sua população estimada é de 1.727 habitantes. A sua área é de 86,1 km²; possui altitude máxima é de 1437m; índice médio pluviométrico anual de 1738,6 mm e temperatura anual média de 17ºC. Está na rota de peregrinação do Caminho da Fé, que liga as cidades paulistas de Tambaú ao Santuário Nacional de Aparecida, inspirado no milenar Caminho de Santiago de Compostela (Espanha).

Os municípios limítrofes são Cachoeira de Minas, Conceição dos Ouros, Paraisópolis, Córrego do Bom Jesus e Cambuí.

Em Consolação ainda existem muitas florestas e cachoeiras selvagens esperando para serem descobertas. São resquícios de matas fechadas que ocupavam a área onde foi construída a cidade, a 1100 metros acima do nível mar. É considerada um dos melhores climas entre mesmo as cidades do Circuito Serras Verdes.

O Circuito Serras Verde é composto por Bom Repouso, Brazópolis, Bueno Brandão, Cachoeira de Minas, Camanducaia (Monte Verde), Cambuí, Conceição dos Ouros, Consolação, Córrego do Bom Jesus, Extrema, Gonçalves, Itapeva, Munhoz, Natércia, Paraisópolis, Pouso Alegre, Sapucaí Mirim, Senador Amaral, Tocos do Moji e Toledo.
As ideias em questão buscam criar estratégias e atrativos, acrescentando algo humano às belezas naturais já presentes, visando atrair ao município o turismo nas suas mais diversas modalidades, seja cultural; ecológico; de aventura; rural, religioso.

Missão: planejar, decidir e agir visando encantar os turistas com a educação da população local e as belezas naturais acrescentadas de atrativos construídos.

Visão: conceber no turismo (governo e população) o futuro do município: riqueza e emprego.

Valores:
- Tratar o turista com respeito e dignidade, cobrando-lhe exatamente pelo que está sendo vendido.
- Gerar bens e serviços para o bem-estar e prosperidade da população, turistas, e investidores.



Desenvolvimento:

Ações:

1 - A cidade: Seria a primeira ação. Toda a cidade em si seria submetida a uma grande faxina (e embelezamento) e a população toda treinada a receber (encantar) os turistas. Não é nada agradável chegar numa cidade com casas em processo de desmoronamento e pessoas assentadas no encosto do banco com pés pousados onde é o assento. Tudo seria arborizado e florido. Cada cantinho. Casas sem condição de moradia seriam demolidas. Terrenos baldios seriam limpos e murados. Tudo por responsabilidade dos proprietários. Que seriam comunicados e multados, caso não cumpram a determinação. Neste caso a Prefeitura faria o serviço e o imóvel iria a leilão para custear a obra, sendo devolvido o valor excedente.

2 – Praças: cada praça teria um motivo especial. Uma poderia homenagear consolenses pracinhas na segunda guerra. Os principais pontos do município devem receber nomes. A Praça da Matriz receberia uma Fonte Luminosa moderna, com variações ao ritmo da música.


2.1 – Merece item especial a pracinha atrás da igreja. Consta que ali era um antigo cemitério. Sepultavam especialmente os natimortos (denominação dada ao feto que morreu dentro do útero ou durante o parto); mas também crianças. Adultos seriam levados aos cemitérios das redondezas. Posteriormente, em homenagem a isso, tiveram a ideia de um parquinho (ideia ótima). Assim punham alegria nos pequenos onde outrora houve choro, também por causa deles. Hoje se perdeu isso. Temos uma pracinha que por mais cuidada que seja é apagada, pelo local. Quem quer ir à praça vai à praça da frente da igreja. Por que o turista iria ali atrás? Como tornar ali uma atração a mais? Penso que seria possível com o resgate do fato histórico. A Praça poderia se chamar Portal dos Anjos. Seria especialmente colorida (e com boas sombras) e haveria um monumento grande, com anjos (anjinhos crianças) brincando. Abaixo haveria referência à história numa pequena placa explicativa. Seria um lugar especial e único. Se respiraria um quê angelical, de céu. (Meio triste por fazer lembrar-se a morte de criança. O fato de estar atrás da igreja, algo meio sombrio e escondido, tocaria a favor). Lógico que faria parte do roteiro de todo turista fazer uma foto do lado do portal (ou abaixo. Ele poderia ter uns três metros e ser nesse formato: ∩). Assentar-se um pouco aos bancos ao redor seria consequência. Para refletir o sentido da vida se alguns morrem crianças ou mesmo antes de nascer

3 - Pedra da Independência: da estrada para Fazenda da Paz até a pedra haveria escadarias. Do ponto de partida até a pedra haveria marcos, com pontos de parada, contando em placas a história do Brasil até a independência. Na pedra tremulariam três bandeiras, a de Consolação, de Minas e Brasil. As escadas seriam ladeadas de muitas árvores Pau Brasil.

Nota:

(a) O marco inicial não seria a vinda de Pedro Alvares Cabral, mas sim a chegada dos índios, explicando as hipóteses aceitas hoje. (inclusive constaria uma vinda dos espanhóis antes dos portugueses. Em Ponta Grossa, município de Icapuí, Ceará, o navegador espanhol Vicente Yáñez Pinzón desembarcou em fevereiro de 1500, mas não houve interesse da Espanha de apossar-se dessas terras). Em todos os pontos haveria curiosidades históricas, e não apenas aquilo que estão nos livros e quase todos sabem.

(b) Quantos mais degraus houver, mais os turistas gostam. Em Canela (RS) tem uma com quase 800 degraus. Nas redes sócias vê-se muita gente se vangloriando por ter feito em uma hora e meia o percurso.


4 – Cristo Redentor: ainda na Pedra da independência seria construído um Cristo Redentor idêntico ao do Rio de Janeiro, menor, lógico, como os presentes em cidades da região como Machado, Elói Mendes, Botelhos e Poços de Caldas. A ideia seria atrair àquele local também o turismo religioso.


5 – Igreja São Francisco de Assis: ainda na Pedra da independência, para reforçar o apelo religioso naquele ponto, seria construída uma igreja idêntica a Igreja São Francisco de Assis, também conhecida como Igreja da Pampulha, localizada nas margens da Lagoa da Pampulha em Belo Horizonte MG, concebida pelo arquiteto Oscar Niemeyer. A igreja original é bem pequena e é diferente por, ao invés de torres, trazer as curvas das montanhas mineiras, a réplica consolense seria ainda menor. Igrejinha para umas cinco pessoas, apenas.


6 – Cachoeira Doze Apóstolos: a cachoeira seria recuperada, arborizada e toda florida, inclusive com muitas hortênsias, flor que se espalha feito praga e deixa os barrancos muito bonitos. Poderia em alguns pontos haver pontes em arco, atravessando de um lado para o outro da cachoeira. Durante o percurso haveria dozes estátuas em tamanho real (em concreto). Uma de cada apóstolo de Jesus Cristo. Inclusive a de Judas traidor, que seria no ponto mais baixo, perigoso e escorregadio da cachoeira. A caminhada seria alusão ao amadurecimento do espirito. Início na baixeza de Judas Escariosas e término na superioridade de Maria. Ao final haveria Jesus retirado da cruz no colo do Maria (réplica de Pietá de Michelangelo). As águas descendo cachoeira a baixo seriam alusão às lágrimas de Maria. A igreja Matriz seria o fim da caminhada, ambiente propício à oração. A ideia seria atrelar o turismo religioso ao ecoturismo, que naturalmente haverá. Da forma proposta a cachoeira não atrairia apenas jovens e amantes da natureza, mas todo o público em geral.

Nota:

A caminhada seria interessante para atrair os caminhantes da fé, que caminhariam em rota inversa. Seria um convite para que voltassem, para receber a benção dos 11 apóstolos e olhar nos olhos evasivos do traidor. A caminhada envolveria contemplação a natureza, introspecção religiosa e turismo de aventura. Apenas a cachoeira não seria tão atrativa


7 – Matriz de Pedra: a igreja seria recoberta em pedras, como a de Canela - RS, (que não é de pedra como a de Gramado, mas sim recoberta de pedras basalto, comum na região). As pedras obrigatoriamente seriam retiradas das pedreiras consolenses. A Matriz receberia iluminação especial, para ser atração também à noite. Uma das asas da igreja seria (deveria ser) em louvor aos santos dos Bairros.

Nota:
((a) Essa obra seria uma parceria de Paróquia e Prefeitura.


8 - Lago das Araucárias: construção de um lago não muito pequeno, nas proximidades do campo de futebol. Haveria pista de caminhada em volta, que poderia ser simplesmente de brita miúda. O turista poderia admirar a paisagem caminhando ou mesmo de dentro do próprio lago, alugando um pedalinho, assim apreciando melhor clima e a natureza. No entorno haveria um bosque. Seria o Bosque das Araucárias. Isso para inserir Consolação no ambiente natural de floresta araucária, que se inicia no Rio Grande do Sul e originalmente ia até o extremo sul de Minas, como Consolação. O turista adora esse ambiente. No bosque também haveria muitas árvores nativas do Brasil, todas identificadas com etiquetas e sua história.

9 – Lobisomem: no meio do bosque, num ponto mais alto e sombrio, preferencialmente sobre uma pedra haveria um grande (e feroz) lobisomem feito em concreto, lenda tão presente nas histórias dos mais antigos em nossa região, e até nos dias atuais.

10 - Projeto “Retorno das Capivaras”: a cidade de Consolação, antes da emancipação política recebeu alguns nomes. Depois do Povoado da Capela, mas ainda não chegado o tempo da Vila Consolação, era conhecida como Freguesia de Capivari, pelo óbvio motivo das muitas capivaras no munícipio. Até hoje, em brincadeiras, a quem chame a cidade de Capivari. Dentro dentro desse projeto “Lago das Araucárias” haveria o projeto “Retorno das Capivaras”. No entorno do bosque as capivaras seriam vistas livremente, como em Juiz de Fora as margens do Rio Paraibuna, em área urbana. Seria um prêmio e muito festejado pelos turistas conseguir vê-las.

11 - Projeto “Meu Pinheirinho”: ainda no “Lago das Araucárias” haveria também projeto “Meu Pinheirinho”. No bosque das Araucárias o turista poderia plantar uma muda e a árvore receberia o seu nome. Ele pagaria. Na muda iria uma placa metálica com o seu nome. Isso o atrairia para de tempos em tempos voltar à cidade, para ver como está o “seu” pinheirinho.


12 - Casa da história: deverá exibir fatos, dados e objetos referentes a toda história do munícipio, como alguns daqueles detalhes narrados no livro Reminiscências de Consolação, do José Nazareth, com o máximo que se puder levantar de fotos, ferramentas antigas ligadas ao trabalho, móveis, e coisas que poderiam atrair os turistas. Seriam atrações à parte cenas representadas em maquetes realísticas (maquetes não tão pequenas). Seriam cenas de festas. Da suposta expulsão dos posseiros que invadiram a Grota Funda no caçador em 1813. Um exemplar do bacamarte usado pelo sujeito de sobrenome Simões para expulsar os posseiros deveria ser adquirido também... Haveria maquete também da Pedra Muda numa cena de tentativa de comunicação entre os colonizadores e os índios, da Casa Grande dos Borges, da igreja velha. Na Revolução constitucionalista de 1932, depois do golpe que pôs Getúlio Vargas no poder em 1930, forças paulistas (que queriam Júlio Prestes no poder, presidente eleito nas urnas; mediante fraude, diziam uns, é verdade...) mediram forças com leais a Getúlio. O confronto aconteceu em parte no sul de Minas. Diziam os antigos que na Serra do Caçador, em Consolação, em manobras militares um oficial Francês que apoiava as forças de Getúlio caiu do cavalo e quebrou uma das pernas, que foi encanada a talas de bambu e enfaixada por um boticário, e depois a carro de boi foi trazido a Paraisópolis, onde na Estação foi embarcado num trem para a capital, Rio de Janeiro. Haveria maquete dessa passagem também, bem como toda uma seção sobre os recursos locais da farmácia, odontologia e medicina em tempos remotos, sobremodo quando de período chuvoso, com o lugar isolado de tudo, com homenagem especial as parteiras.


13 - Casa da Roça. Seria uma casa na cidade, aberta todos os dias e mantida pela prefeitura, mas para vender produtos produzidos pelos agricultores consolenses. Ovos, queijos, roscas, pães, grãos... Enfim, tudo que for comercializável. Ali, que poderia ser num grande espaço, com mesas e fornos de barro a lenha, pães, roscas e bolos seriam feitos as vistas dos compradores, que poderiam consumir o que quisessem ali mesmo.

Nota: através da EMATER-MG deveria ser estimulada junto aos agricultores a plantação de frutas como amoras, figos, uvas, pêssegos, para que destas sejam produzidas tortas, geleias e doces a serem ali comercializados.


14 - Casa Escola do artesão: contratar um mestre artesão para começar a produzir um artesanato de qualidade, em pedra e madeira, como as de Ouro Pedro e São João Del Rei, que fazem sucesso no Brasil todo. A escola venderia as peças dos próprios alunos. Com o tempo os artesãos seriam formados, mas poderiam vender suas peças ali mesmo. A Casa seria baseada nos tripés da sustentabilidade social, econômica e ambiental, e não seria permitido expor trabalhos de artesãos de outros municípios, bem como de produtos não produzidos manualmente.

Nota: na cidade de Rezende Costa (MG) há uma rua toda com muitos artesãos. Eles trabalham e pequenas barraquinhos. Um mestre desses deveria ser contratado. Lá há uma multiplicidade enorme de produtos.


15 - Jardineira Rural: compra pela Prefeitura de uma jardineira a mais antiga possível para levar turistas para os bairros. Cada bairro deverá ter um ponto para receber os turistas. Os barrancos ao máximo possível deveram ser plantados de hortênsias, que como já foi anotado se espalham como facilidade deixando-os muito bonitos. Na casa de alguém bom contador de história se falaria principalmente da formação daquele seu bairro. Nessa casa haveria cafés e almoços. Conforme o horário. Geraria riquezas aquela família agricultora.

Notas: exemplo de histórias a serem contadas: (1) a Fazenda da Paz foi fazenda adquirida e nomeada por um fazendeiro que acertou sozinho na Loteria Federal e então a comprou. Ele, homem muito correto, vinha muito preocupado com as suas dívidas. Com a sorte grande, entendendo naquela fazenda o fim dos seus problemas, nomeou-a Fazenda da Paz. Era quase toda mato. Para lá enviou as filhas que iam sendo casadas. Os filhos foram ficando na fazenda que morava, no Bairro Andorinhas. Que para atravessar os brejos jogavam troncos sobre as Capituvas. O lado mais ao Leste foi sendo preferido por ter mais água. (2) Visando educação ambiental, contar (e mostrar) que em certo lugar havia uma mina de água que secava durante épocas do ano, mas que um jovem queria água o ano todo para abastecer a residência que pretendia construir. A mina ficava em pasto aberto. O jovem cercou um pedaço de terra no entorno dela. Nisso foi se formando um mato. O mato atraiu mais água e formou um brejo. Mais brejo mais mato e assim mais água. Assim criou-se um círculo virtuoso. Em pouco tempo a mina que abastecia mal uma casa, e apenas por algumas épocas do ano, jorrava água para abastecer dez casas o ano todo. Nunca mais secou. (3) visita a antiga escola onde a professora dava aula da primeira a quarta seria numa sala apenas e ainda preparava a sopa, com grãos e raízes levados pelos alunos, que também levavam os feixes de lenha. (4) A igrejinha feita pelo senhor que vendo que a sua antiga casa ruía-se, e não querendo o fim do espaço a ele tão sagrado, onde criou a grande família de dezesseis filhos a base de muito suor se tornasse pasto, optou pela igreja. A casa foi construída numa base de pedra. As paredes foram demolidas, mas a base aproveitada. O espaço foi ocupado pela igreja e o pátio suspenso a sua frente. Na casa havia uma sala grande onde havia um oratório. Havia também bancos de madeira. À noite o patriarca fazia questão de reunir a família para o terço. Assim, mesmo no tempo da casa ali já era um espaço destinado à oração. O local onde a matriarca tanto rezava pela família e pela paz transformou-se na parte mais alta do piso da capela, onde fica o altar. A igreja é em homenagem a Santa Terezinha. Dá para fazer um paralelo entre a casa demolida e a vida. Se tivermos boa base, pode tudo arruinar-se que algo, talvez ainda melhor, se eleve. (5) Ainda no bairro Fazenda da Paz, a Igreja dos Anjos. No bairro, em época remota de famílias muito grandes, muitos filhos não chegavam a nascer vivos. Eram problema os sepultamentos. A prática os levou a sepultá-los num local só. Com o tempo, já não sei após quantos sepultamentos de natimortos, no local levantou-se uma igrejinha, que seria a Igreja dos Anjos. (6) Como no Bairro Caçador certa igrejinha ter sido feita por uma senhora em homenagem ao amigo que bebeu muito e caiu no meio do mato (Mato da Cruz). La foi atacado por lobos que o arrastaram para o meio do mato. Houve quem dissesse que ele era lobisomem e que brigou com outros lobos e foi derrotado. (7) Na medida do possível deve haver cantorias com sanfonas e ou violas para receber esses turistas, que adoram esse resgate às raízes.


16 – Concurso: “Comida de Quintal”: a ideia seria uma comida feita a fogão a lenha. (o nome seria uma brincadeira com o consagrado comida de boteco de BH). Seriam selecionados uns 20 pratos. Poderia ser urbano, rural, ou tudo junto. No decorrer do ano as pessoas, mediante agendamento, iriam às casas das comidas do seu agrado consumir o prato, onde dariam nota. Seriam nos quintais, daquele jeito que gostamos quando tem festas de casamento. Ao final do ano haveria um vencedor, mas isso pouco importa. O importante seria as pessoas ganhando dinheiro em suas próprias casas, recebendo turistas. Cada ano poderia ter um tema. Exemplo: pratos onde deveria constar queijo-minas na receita.


17 - Carro de boi: Os principais pontos turísticos do município poderiam ser visitados a carro de boi, (ao invés de charrete, como acontece no Circuito das Águas). Haveria de se imaginar uma forma para fazer o passeio com algum conforto e segurança. Mas fazendo as coisas como antigamente, onde famílias viajavam longas distâncias assim. O carro de boi ao invés de vergonha seria o símbolo da cidade. Poderia haver até um passeio àquelas alturas do bairro caçador, avistando grande extensão da região. Lá haveria um ponto com banheiros e todo o apoio que precisa o turista.

18 – Desfile anual de Carros de Boi: poderia inclusive nas festividades da festa da cidade haver um dia destinado ao desfile de carros de boi, com premiações. Isso atrairia.


19 – Coral dos Anjos: criação de um coral infantil de nível, para apresentações em datas especiais, como Semana Santa e principalmente Natal (como acontece em Curitiba, atraindo milhares de turistas). Para o Natal poderia haver uma programação especial para todo dezembro, com iluminação especial e toda uma criatividade para encantar as pessoas. As apresentações seriam de canções folclóricas regionais, internacionais e música popular brasileira. O grupo realizaria exibições abertas ao público. Deveria ser composto por umas quarenta crianças e adolescentes, que para integrar o grupo, além de gostar de música, precisariam comprovar boas notas na escola e não perder os ensaios.


20 - Turismo de aventura. Com os esportes radicais, como arborismo, montanhismo, tirolesa, escaladas, nem precisa a prefeitura preocupar-se tanto. Começando a aparecer o turismo a iniciativa privada cuidará explorar. O município tem tendência natural. As pedras para escalada, por exemplo, estão entre as melhores da região. São excelentes. Existem perfeitos ambientes para rafting, passeios de moto, mountain bike, arborismo, encontro de trilheiros...


21 – Passeio na Mata do Grito: deverá haver um passeio por trilhas na floresta em recuperação de certa fazenda as beiradas da cidade, onde há a água mineral, visando educação ambiental e mostrando que a terra é da floresta. Ficamos a impedi-la, mas ao menor descuido ela retoma o que é seu. Um passeio na mata sempre é bom para refletirmos sobre o ambiente natural da terra e sobre as nossas intervenções, e até onde elas devem ir. Deverá haver uma boa trilha (preparada) e bons guias, sempre incrementando o passeio com histórias, como o nome da mata ser do Grito pelos gritos e gemidos que amiúde se escutam ali à noite. No início da atividade os turistas receberiam uma palestra sobre a história do local e a riqueza da flora e fauna da Mata do Grito, como atenção especial para a presença de liquens nas árvores, sinal de ar puríssimo. O final da trilha seria na água mineral, onde haveria suporte ao turista, além de um borboletário e um orquidário. Durante a visitação monitorada ao borboletário o turista poderia presenciar a eclosão das crisálidas, o acasalamento, o voo, os ovos, as larvas e as pupas dos insetos. Sempre com a ideia de haver uma atração a mais para atrair. Alguns passeios por matas no Brasil, como na Mata Santa Genebra em Campinas, são tão procurados que apenas mediante agendamento podem ser feitos.


22 - Pórtico de entrada. Os pórticos, nas duas entradas, devem ser construídos em alvenaria. Isso é como o brasão da bandeira. Deve ser feito de um jeito preparando o turista (simbolicamente) para o que ele encontrará. Essas placas de boas vindas feitas em metal são frias e nada querem dizer...


23 - Pedra muda: construir estátuas em tamanho real de uma família de índios sobre a pedra, em homenagem àqueles que por não compreender o português dos colonizadores e nem os colonizadores o dialeto deles, comunicavam-se por gestos, sendo erroneamente chamadas de mudos pelos portugueses. Procurar fazer nesse local um tributo aos povos indígenas que nos antecederam na região, algo curioso que atraia o turismo. Em função da bela vista, construção também um mirante lá, para que todos apreciem o que os índios da linhagem Caiapó ou Cataguás já apreciavam.


24 - Fazenda Velha: seria uma fazenda no exato formato de uma fazenda antiga (século XIII e XIX). Mobiliário, ferramentas, método de trabalho... Inclusive funcionando com seus biscoitões e broas sendo feitos ao forno de pau-a-pique, monjolo, engenho... Toda produção seria comercializada... Haveria também passeios a cavalo e sempre um campo florido para belas fotos.

25 - Pomar do Turista: na fazenda haveria ainda um pomar com diversidade tal de árvores frutíferas que sempre haveria frutas, que poderiam ser consumidas gratuitamente pelo turista, desde que houvesse por ele trabalho real nas plantações, mediante monitoria.


26 - Mirante Grandes Navegações: o ponto mais alto do município, na divisa dos bairros Fazenda da Paz e Rosas. Poderia ser chamado Pico da Paz (como chamou meu bisavô quando adquiriu aquelas terras). Lá haveria um mirante, visão 360º, com informações sobre como os navegantes iam mar afora orientando-se pelas estrelas, bússola e astrolábio.

27 – Voo Livre: neste ponto também haveria rampas de madeira e naturais para a prática de voo livre nas mais diversas modalidades possíveis.

28 – Festival anual de voo livre. Seria interessante haver um festival porque festivais sempre atraiam a atenção para o local. É uma boa forma de propaganda.


29 – Maratona da independência. Maratonas têm muitas por aí, mas esta seria apenas para atletas deficientes. Para mostrar o respeito do município a eles.


30 – Banda Municipal: a criação de uma banda que ensaiaria em praça pública num dia específico da semana, atraindo pessoas. Em datas especiais naturalmente existiriam apresentações especiais.

31 – Casa da Energia Elétrica Limpa: Nesta casa haveria painéis solares e um moinho de vento para geração de energia elétrica limpa. Haveria palestras e réplicas em miniaturas demonstrativas sobre todos os tipos de energia, sobre os caminhos da energia elétrica desde a geração até as residências, e sobre a importância e os rumos da energia elétrica no mundo atual. Há empresas querendo investir em energia residencial limpa no Brasil. Não seria difícil conseguir patrocínio, inclusive da CEMIG. O local poderia ser no Lago das Araucárias. Seria uma atração a mais. O turista pagaria entrada. Seria oportunidade para popularizar a energia eólica residencial, assim como outras formas de geração distribuída. Esse processo já ocorre intensamente na China, que é a maior fabricante do mundo de painéis solares e turbinas de pequeno porte para energia eólica residencial para classe média.


32- Museu da fotografia. Turistas adoram fotografia. No museu haveria todas as gerações de máquinas fotográficas, com fotos antigas, inclusive aquelas fotos antigas pintadas que tanto faziam sucesso antigamente e até hoje, em alguns lugares. Alguém poderia fazer caricaturas dos turistas. Haveria dicas para fotos e até um minicurso de uma hora (ou algumas horas) onde o turista aprenderia um pouco sobre a história da fotografia, como fotografar seu animal de estimação, como se tornar fotogênico, como enquadrar paisagens para uma boa fotografia. O turista poderia fazer fotos no estilo antigo, com roupas de época, inclusive, que haveria no museu. Tudo mediante paga.

33 – C33 – Concurso Anual de Fotografia: haveria um concurso com premiações. Haveria um tema e a fotografia deveria ser executada em Consolação.


34 – Trem Maria Fumaça: isso estaria na última etapa da execução do projeto. Dez anos depois do início, talvez. Têm muitos trens se estragando por aí. Como em Pouso Alegre mesmo. Em Sete Lagoas há um verdadeiro cemitério deles. A linha seria de uns quilômetros apenas. No final haveria alguma atração ligada aos trens, (sobre a importância deles no desenvolvimento do país, sobre a importância deles ainda nos dias atuais aqui e na Europa, por exemplo, do porque do Brasil não investir mais em linha férreas) e também haveria um café colonial bem mineiro, inclusive com música ao vivo. Depois, haveria regresso. O rumo seria a Gonçalves (ou Paraisópolis?). Se Consolação começa o projeto, um dia, quem sabe, Gonçalves também começará, e bonito será quando houver o encontro. Será a linha Gonçalves à Consolação. Altamente atrativo ao turista.


Notas finais:

O começo de qualquer caminhada é o primeiro passo. A Prefeitura deve começar, o resto virá. Tem muita gente querendo fazer turismo, bem como muita gente querendo ganhar com o turismo. Se a Prefeitura começa, já vem uma pousada, depois outra, despois uma malharia, depois um fábrica de móveis. A coisa vai por si só. A prefeitura gasta um pouco no começo, mas depois os ganhos são muitos. Ganhos financeiros, pela circulação de riqueza no município, bem como na qualidade de vida da população e geração de emprego. Bom para todos.

Mesmo sendo o menor município do Circuito Serras Verdes, a cidade é rica em belezas naturais. O fato de ser a menor deve ser usado a seu favor. Como vive (sobrevive) um município com menos de 2000 habitantes? Há de se ter certa criatividade para transformar desvantagens em glamour. O natural ajuda, mas o homem tem que criar certos subterfúgios para atrair o turismo. As ações poderiam ser implantadas em três etapas, mas sempre se definindo prazos.

Na busca da viabilidade econômica do projeto junto a governos e iniciativa privada, todas as ações deverão ser acompanhadas de ferramentas de gestão da qualidade como “Quem?”, “Quando?”, “Como?”, “Onde?”, “O quê?”, “Por quê?”. Cada ação traria um cronograma bem definido do que seria realizado em cada etapa. Seria interessante haver responsáveis específicos para cada ação. Contudo, mais importante ainda é haver um Grupo de Trabalho, que poderá (deverá) ser composto também por não funcionários e servidores públicos municipais, (seriam voluntários) para de tempos em tempos (períodos previamente agendados) acompanhar a evolução das ações, metas atingidas, resultados alcançados, reavaliar ações, definir correções e ajustes. O Grupo de Trabalho seria oficial, e não uma mera reunião aberta a quem quisesse debater sobre o assunto, não obstante pudesse ocorrer de forma aberta. Um grupo tem poder criativo bem superior à soma da capacidade criativa de cada um dos membros que o compõem.

Planejar, decidir e agir. Não há limite...

Fotos e alguns textos e fragmentos de textos: internet.
Autor: Dioni Kirk Pereira da Costa.