sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Tudo é passageiro


É assim mesmo a vida,
Sempre tão dolorida;
Sempre nos indicando,
Que tudo esta passando.
Quando começamos,
Vamos desanimados.
Quando já gostamos,
Ela ordena: vamos.
Leva tudo num pio.
No lugar, um vazio,
Que será enchido,
Dum vir a ser construído.
Não deve haver apego,
Senão será dor ainda cedo.
Guarda isso companheiro:
Tudo é passageiro.
A vida tem seu tempo,
É basicamente movimento.
Aproveite o doce do agora,
E saiba que já-já vai embora.

É assim mesmo a vida,
Sempre tão dolorida;
Aproveite o doce do agora,
E saiba que já-já vai embora.
Guarda isso companheiro:
Tudo é passageiro.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Sombria


Esse seu olhar,
Eu nem sei o quê.
Traduza para mim.
O que quer dizer?

O que devo entender?
É Menina ou mulher?...
Às vezes, louca, vem,
Se insinua e quer.

Outras, desfaz e sai,
E então, gelada, vai
Sim, não; não, sim...
Você é linda demais.

Sei, alguém assim,
Tem o que quer
E aquele seu beijo,
O que quis dizer?

Cuidado, sombria,
Afaste-se do fogo.
Chão, céu; céu, chão.
Deixe de jogo.

Por que dança assim?
Por que esse olhar?
Não brinque de amor
Pode se queimar.

Você pode errar,
Algo pode acontecer.
Alguém como eu,
Pode surpreender...

A timidez é enigma,
Medusa a enfeitiçar,
Sereia a encantar...
Há algo em meu olhar!

Prefiro estar só,
Mas fugir, não.
Afaste-se agora,
Ou será tarde então.

Deixe o meu cabelo,
Retoque o seu batom,
Aproveita agora,
Que o café acabou.

Este papel, sombria
Não lhe cai bem.
Vá, para seu melhor,
E o meu também.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

NADA



Eu quero falar
Mas falar o quê? o quê? o quê?
Do tempo? De templo?
Tensão? Tesão?
... Nada há ver
Estresse? Estria?
Astrologia? Astronomia?
... De repente ET?
Celular? Celulite?
De grana? De glúteo?
... Orgia na internet?
De clone? de craque?
De lob? de light?
... Do nada na tv?
Eh! Tá perdido
É maquiagem o que se vê
Tá cheio de vazio
Já vem a hora de colher
Nada, Nada, Nada
Não consigo falar nada
Este nada inclusive
Que já foi cantado
Tá tudo em crise
A mente foi lavada
Não podemos tudo
Só podemos nada
Agora é tarde
A Balbúrdia tá instalada
A nova arca
Tá sendo levantada
O cronômetro foi ligado
E não adianta falar mais nada

sábado, 3 de dezembro de 2011

Bia e Lia


Lá iam Bia e Lia,
Lia tinha alegria,
E Bia melancolia.
Cruzavam com Zé Maria,
Que sorria pra Bia,
E também pra Lia.
O que Lia via,
É que pra ela ele sorria.
Já Bia entendia,
É que dela ele sorria.
Aconteceu um dia,
Que o Zé Maria,
Casou-se com a Lia,
Porem quanto a Bia,
Ficou pra titia,
E aumentou a agonia.
Quando a muito se ia,
Comentou Zé Maria,
Que naqueles dias,
Quando pras duas sorria,
O que acontecia
E que queria a Bia.
Lá iam Bia e Lia,
Lia tinha alegria,
E Bia melancolia.
Enquanto a Lia sorria,
O que Bia fazia,
Era chorar os seus dias.