terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

MAIS DIA MENOS DIA

Diz o Tiaozinho
Que em idos tempos
Ele pescava lambaris
No Ribeirao Capela
Bem debaixo do chorão
Tão gostado por sabiás

Sua mãe Fiica
Gritou com ele
Que fosse ao comércio
Do Joaquim Marques
Imediatamente
Gritou tão forte
Espantou os sabiás

Em resposta ao
Questionamento dele
Ela disse ser caso
De tecido claro
Então soube ser
Gente nova que falecera

Fosse gente mais velha
E a cor do tecido
seria séria
De preferência
Um rajado para cinza

Era alguém da
Fazenda da Paz
Da família Coutinho
Ele não conhecia
Seu pai Marcos Floriano
Construía em tábuas o caixão
Que sepultava os defuntos
Em Consolação

Quanta dessemelhança
Dos dias atuais
Só a morte segue intocável
Sem dó um a um
Nos levando a todos nós
Mais dia menos dia
Igualzinho antigamente

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