sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

COLHEITA

O pai e o tio Otávio
Alternadamente
Malham os feixes
Fazendo dourar o chão
Com os grãos debulhados 

Cada golpe na mesa
De varas roliças
Quase enlouquece
A passarada

O Getúlio e o Lélis
Ágeis puxam alfanjes
Conversam sorriem
Vão deitando o arrozal

O tio Valdomiro e
O padrinho Braz
Ajuntam ajeitam
Carregam os feixes

(Esse é o pior trabalho
Pela ampla coceira que
Alastra na gente)

Quando o balcão
Avoluma-se demais
Eles dois também
Ajudam a bater

Dar aquele arroz todo
Batido e ensacado
Tudo num dia só
É mesmo de se admirar

Arroz para a nossa
Casa o ano todo
Quem é que pode
Com a união do povo

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