quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Assombrações



No cemitério
Da minha mente
Covas, cruzes,
Mausoléus, sepulcros
Tem ideia velha, nova
E ainda feto já abortada
Muita coisa
Sepultada, enterrada
Às meias-noites
Muitas delas me assombram
Jogando-me os azedos
Pobres de seus fluídos
Às veias de minha cabeça
O que me atordoa
E faz queimar
Falam me ressuscite
Ainda é possível
Outras dizem
Sai dessa meu chapa
Esse seu tino atual
Terá o mesmo fim
Meu: túmulo
Outras ainda dizem
Se não tivesse me matado
Tudo seria diferente
E nessa balburdia
Vou vivendo
Tentando impor
A esses fantasmas
Ordem de que se calem
E voltem as profundezas
Podres para onde
Foram lançadas
Pois quem manda
Aqui no meu mundo
Deve ser eu, criando
E matando conforme
Preciso for e a
Necessidade impor
E de preferência
Sem muita conversa
Atrasada


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