Algo prazeroso era-me jogar futebol. Mas nisso havia-me uma incomoda dor. E não falo de contusões ou coisas assim. O futebol eu adorava de qualquer jeito, mas bem sabia que minha habilidade física não acompanha as minhas criações mentais.

Para o meu desespero
eu não distava dos derradeiros, lá constrangido olhando de lado. Hoje vejo que
sofria à-toa. Aquilo não dizia respeito a gostar de mim, como a me medir defeitos
e qualidades, não. Mas sim e apenas as minhas habilidades futebolísticas.
Não me escolher para
o time não tinha a ver com me escolher para amigo. Como eu me sentia pequeno à
medida que ia sendo rejeitado nas escolhas de cada capitão. E à-toa. Vejo que
somos mestres em equívocos e dramas.
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