sábado, 21 de fevereiro de 2015

Desmesurável



Na parede laranja
Um risco negro
De noite tempestuosa
De raios e rios
De águas quentes
De uma chaleira
Ebulindo águas
Chocas daquelas
Sem açúcar e pó
Apenas na taipa
Do fogão o dia todo
Espiando um quintal
De pé de laranja
De outra parede
Com risco cinza
Quente do fogo
Há pouco se ardendo
Maduro em frutos
Que foram
E agora somente
Sementes
Vivem expectativa
De um novo ciclo







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