segunda-feira, 12 de outubro de 2015

SEM DONO


Ele ficou em dúvida
Ela parecia sem prumo
Menina de olhos tristes
Meio encabulado ele
Quis saber o preço
Ela indicou um valor
Meio engasgada
Nunca soube fazer aquilo
Sem envilecer
Ele saiu com a
Menina sem dono
Poucas palavras
Na volta deixou-a
No mesmo lugar
Ele partiu, mas
Não ela de sua mente
Resolveu vê-la outra vez
Horas depois
Lá ele novamente
De carro bem devagar
Aproximou-se do ponto
A menina, assentada,
Abraçava os próprios joelhos
A brisa da noitinha
Lambia-a e ela parecia
Não gostar disso
Perguntou-lhe se queria
Sair com ele
Não sair como amante
Não haveria paga
Era para conversar
Jantar, dançar
Ela quase lhe estendeu
As mãos, mas recuou
Disse que não podia
Que ele era louco
Um idiota sonhador
Ele partiu
Ela chorou
Não suportava mais
A vida de nem mesmo
Ela ser dona dela mesma



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