sábado, 29 de março de 2014

Olhar




Tristeza, sei,
Ninguém quer.
Mas e se nos cai
E insiste
Morar em nós,
Num fardo pesado
Demais?
O que posso eu agora
Sobre o que ficou.
Coisas do caminho.
Um ser que não sou.
Viveres, desvividos.
Sonhos destruídos.
Meu esforço,
Tão vil
De meu, apenas.
O caminho seguido
E uns frutos
Tão queridos.
Minhas alegrias.
Epa, alegrias!
As tenho nesta vida?
Mas e a dor
Ardida no peito?
E a sensação de
Não tem jeito?
Sei não devo me alegrar
Em mim mesma;
Mas sim no Pai
Nosso senhor,
Porem o que fazer
Se Ele me deu
Olhos que se
Impressionam mais
Com os espinhos do que
Com o cheiro, a cor
E a beleza da flor.
Como quero luzes e
E equilíbrio as
Minhas Filhas.
Felizes, quero vê-las,
E belas...
Que tudo de melhor
Do que foi comigo
Seja com elas
Por isso, decido:
Farei dos seus,
Os fardos meus.
E aqui me despeço,
Já vou pra junto de Deus.


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