sábado, 5 de novembro de 2016

MEDO DE ONÇA

Teve uma vez que o Tio Lauro
Veio do Bananal falando em onça
Alegou os motivos, fez caras
Eu cresci os olhos. Nossa!!!

O Hamilton lá em casa
Garantiu que o tio estava certo
Que o Tio Valdomiro também viu
Gatonas grandes igual bezerro

Pelo menos duas, disse, frio
Levantou o mesmo número de dedos
À noite fiquei pensando, pensando
De repente já ouvia passos, esturros

Entrei a revirar na cama, a gemer
Achei que o vento abriria a janela
Vai sofrer muito na vida, filho
Como você se impressiona

(Meu pai tinha medo que eu morresse)
(Veio). Disse esse pio é só urutau
Eu abracei o estômago, encolhi-me
Tudo no fingido passar mal

Acabei na cama entre papai e mamãe
Final feliz diverso daquel'outro dia
Que me finge doente pela flor quebrada
Mas isso já é outra história


Nenhum comentário:

Postar um comentário