Eu era criança lá na roça
Sempre via terra arada por boi
Mas certo dia houve a novidade
Encantei-me com a máquina
Aração tão perfeita e rendendo mais
Ia rasgando a vargem do Tio Dutra
Destruindo os ananás
Mas numa moita das graúdas
Descortinou-se um ninho de anum
Gelado, eu gritei. O tratorista
Não considerou filhote algum
Se fosse aração a boi, sei,
Aquilo jamais aconteceria
Enjoei-me. Acabei cismado
Com máquinas desde esse dia
Lógico que máquina é máquina
E é o próprio homem quem a guia
Mas ela o torna frio e então
Não considera o que consideraria
Nenhum comentário:
Postar um comentário