terça-feira, 26 de maio de 2015

Avoado



E por aqueles dias
Na casa do Lazo Doca,
Eu cedinho debruçado
Na varanda pro quintal.

E corria borbulhante
O Ribeirão Capela,
Ramalhavam jabuticabeiras,
Era viçoso o milharal.

A brisa soprava suave.
O tiziu que pulava
Virando retorcido e
Cantando ao final.

Eu olhava sem ver.
Pensando na felicidade
De crescer, mudar-me
Para cidade grande e tal.

O vovô sorria sem dentes.
Deveria ter sido franco.
Apenas dizia: que menino
Mais avoado, em tom banal.

Quem sabe ele pudesse
Haver me alertado de que a
Felicidade também
Estava naquele local.
(E de forma muito especial)

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