quinta-feira, 4 de abril de 2013

Noite




A madrugada derrama sobre a cidade
Um denso e frio escuro
Lâmpadas acesas se esforçam pra
Conter que o negror domine tudo

Mariposas atraídas supõem que é luz
Do sol que por uma fresta escapole
Numa poça por onde passa um rato
A lua cheia treme, mole

Num canto nu o vento remexe cinzas
Do que ainda ontem foi notícia
Ao longe um pio de coruja se confunde
À sirene da polícia

Bom seria para sempre
O perfume e o colo do sol
O mundo dormiria e eu também
Pouco me importando com o real

Nenhum comentário:

Postar um comentário