quinta-feira, 24 de dezembro de 2020
visita
Aquele
pastor de ovelhas era diferente. Gostava de passar a noite ao relento. Gostou
especialmente daquela noite. Um céu tão claro e bonito. Ele viu um movimento
diferente no estábulo. Chegou espiando, espiando. Assustou-se. Havia ali um casal e
um bebe. O bebe mamava no peito da mãe. “O estábulo é seu?” Disse o homem,
muito educado. “Não, não”. Respondeu o pastor. “Passamos a noite aqui por não
encontrar outro lugar”, explicou o homem. O pastor ficou sem o que dizer. Trazer
o filho e a mulher tão jovem e bonita para um lugar daqueles? Contudo, a alegria
que via nos olhos deles, não era sempre que via. Repensou. Não disse mais nada. Espiou
o bebe. Ele gostava de bebes. O bebe pareceu olhá-lo nos olhos. O pastor assustou-se. Como
um bebe tão novinho tinha uma expressão daquela no olhar? O homem sentiu algo diferente.
Algo bom, digo. Ficou ali até amanhecer. Algo naqueles três o atraía. Uma
vontade de segui-los. De ser amigo deles.
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