domingo, 16 de setembro de 2018

infecundo


o poeta não é afoito
ele para olha
sente o cheiro
examina rumina
o que desprezam
nota marcas restos
traços bagaços
pequenos brotos
ele quase chora
as vezes ate 
mesmo chora
e como criança
que vai à mãe
com uma descoberta
ele escreve versos
mas quem deveria
compreendê-lo
seque empedrado tapado
mal avança as 
primeiras linhas
pensa quem foi o besta
que escreveu isso
quem o lê e se
emociona com ele
nem precisava
pois também já é poeta
ainda que não escreva

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