Na casa da tia Rosa
E do tio Dâmago
Meus tios avós
(Diziam Tio Dama
Mania daquela gente
De simplificar os nomes)
Meus tios avós
(Diziam Tio Dama
Mania daquela gente
De simplificar os nomes)
Tantas e tantas flores
Já na entrada um arco
De Brinco de Princesa
Sobre a porta da sala
E dentro da casa, acreditem
Havia grandes vasos
Com florezinhas miúdas
Tipo trepadeira
E conforme cresciam, a tia
Ia ao barreado
A
coisa mais bonita do mundo
Flor dentro de casa
Morar num jardim
E o tio Dama
Brincava com as meninas
As voltas com seu cavaquinho
Flor dentro de casa
Morar num jardim
E o tio Dama
Brincava com as meninas
As voltas com seu cavaquinho
Tim
tim tim, tim tim tim
Às vezes jogava quirera
Aos passarinhos
Na taipa do fogão
De onde espiava pela janela
O corregozinho caudaloso
U vu
u vu u vu u uvu
As
visitas nunca saiam
Sem provar do famoso
Biscoitinho de polvilho
Frito na hora
Com café recém-passado
E sorrisos
Sem provar do famoso
Biscoitinho de polvilho
Frito na hora
Com café recém-passado
E sorrisos
Ver tudo isso não vi
Soube pelos olhos de mamãe
Que mais se encantava
Com as pedras à volta
Não tiradas para que fosse
Erigida aquela casa
Aquele jeito de viver
Aquele mundo
Ao
redor delas, das pedras
Muitas e muitas flores
Como as hortênsias
Coroando a pedra
Na porta da cozinha
Muitas e muitas flores
Como as hortênsias
Coroando a pedra
Na porta da cozinha
Como no arroiozinho caudaloso
O caminho fazia volta
Para desviar-se das pedras
Coroadas dos coloridos
Das
flores
O
problema na vida
Não são mesmo as pedras
Mas sim como as encaramos
Os obstáculos estão
Na cabeça da gente
Aquela gente não apenasNão são mesmo as pedras
Mas sim como as encaramos
Os obstáculos estão
Na cabeça da gente
Simplificava os nomes
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