Fui sem saber. Falaram em música e poesia. Como não
dar certo. Era 20/05/2016. Somei os números. Deu 7. Número sagrado, como dar
errado.
O ambiente era dourado e com cheiro especial. De
velas. Que alteavam castiçais dourados e douravam tudo.
O cantor era um. E também apenas um violão. Mas às
vezes se ouvia outras vozes e se sentia vários instrumentos, senão uma
orquestra inteira.
E não falo de efeitos gravados não. O show era
totalmente acústico. Falo da sensação de quem assistia.
A leveza da música e das falas, a voz potente e
macia do cantor, atingia aquele lugar da gente além dos muros, cercas de arames,
marimbondos, derretendo o que é ruim.
Às vezes parecia que que não era ele. Que era algo
que vinha através dele. Que teria o corpo possuído numa manifestação sobrenatural.
Ele seria mera marionete de vários seres. Lembrei-me de Poltergeist.
Senti-me numa sessão do Santo Daime, a religião das
matas, após o terceiro copo do suco do cipó. Até a afinação do violão pareceu
sobrenatural, num vai e vem acústico e elástico.
Teve momentos em que ele parou de cantar para ouvir
as pessoas cantando, de olhos fechados. Conexão de mentes.
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