sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Aflição



Ele se desespera. Geme.
Não sabe o que fazer; cai.
Quer gritar ao mundo como sofre;
Mas, engasgado, nada sai.
Bate no peito, dobra joelhos,
Só balbucia um dolente aí.
Recorda-se da mãe e suas orações
Tenta uma prece; a agitação decai.
Na súbita calma que lhe vem,
Sente lágrimas e o corpo retrai.
Olha as mãos lançadas aos céus
Nelas vê uma pomba em voo, que vai.
Agora sabe que já não está só.
Sente o calor do (re)encontro com o Pai.

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