Ela ficava na janela. Não sei o que tanto via, mas ficava.
Ali naquela avenida tão barulhenta só havia carros. Era incrível. Horas na
janela. Certo dia corroído pela curiosidade eu perguntei-lhe. Ela disse que
ficava contando os pássaros que ouvia. Eu sorri internamente. Como ouvir
pássaros ali? Então comecei a prestar atenção. Não é que era possível ouvi-los
mesmo! Comecei com isso também, de buscar no som da cidade o canto deles. O som
do trânsito tão presente em minha janela passou a não me incomodar tanto mais. Se
aquela mulher não tivesse me falado eu morreria sem saber. Eu poderia jurar que não
era possível ouvir canto de pássaro algum ali. Mas era... Temos que prestar atenção
ao que estamos prestando atenção.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirOlá meu novo amigo!
ResponderExcluirOuvir pássaros é preciso, pois são eles que iluminam as janelas da alma!
E acredite...eles cantam...basta querer ouvir.
Abraços
Lhú Weiss
sua nova seguidora
palavrinhas
ResponderExcluirinfiltras
de belezas
intensas
as suas,
Lhú Weiss
Abraços