quarta-feira, 20 de outubro de 2010

ah, menino!


Oh! Amiguinho meu,
veja só o destino,
nos dá, e empós tira.
Até parece mentira!
Morrer não dá medo,
mas sim o desprezo.
O que dói na velhice,
não é o que lhe existe,
mas o que já existiu.
Ah! Isso dói viu.
Ao longe dos queridos,
digo-lhe é mui sofrido.
Não aflige a falta de vigor,
mas dos amigos o calor,
dos manos as boas prosas,
dos avós as muitas histórias,
dos pais o terno sorriso,
do mundo o ar de paraíso...
Ah, menino, menino!
Em meio a esse desatino,
mais, escrever já não consigo.
Um dia entenderá o que digo.
Quando for estranho no ninho,
em meio há cinzas,
tão sozinho...

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