quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Já ouço o grito


Nas velhas ruas da metrópole,
Umas tantas pedras tortas,
Tentam Esconder.
A verdade fúnebre do que fomos,
E, embora tanto refutemos,
Tornaremos a ser.

Na poeira destes tão velhos tortos,,
O torto lúgubre deste jeito,
É de fazer tremer.
Pela desatenção ao grito do dragão,
Que a todos Anunciará,
Um novo a acontecer.

Na igreja de tão antigos sinos.
Uns tantos joelho rotos,
Entortam-se em vão.
Já que o velho senhor pedra,
Asquerosamente se infiltrando,
Destila o seu anti-pão.

É melhor que acredite,
O dragão anunciará,
E antes que pisque,
Tudo se transformará.

Por sorte os meninos tão ingênuos,
alheios a impregnante treva,
Entrevêem flores na praça...
E ver flores abranda, mas não tanto,
E assim segue o ponto:
Até onde vai esta graça?

O que sobrará disso tudo?
O que realmente vale a pena?
Responda-me, por favor...
Este povo todo, por aí se movendo,
Nem aí, se alegrando...
Até onde vai este calor?

Nem sei se é dia ou noite...
O quão perfeito é este quase-perfeito...
Por que a apreensão.
O que penso que sei é que,
Aqui, do alto da janela triste,
Já ouço o grito do dragão.

É melhor que acredite,
O dragão anunciará,
E antes que pisque,
Tudo se transformará.

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