Fui deitando os lápis
Foi o amarelo
Foi o vermelho
Foram muitas cores
Tinha um, era cinza
Não quis coloca-lo lá
Não era dos grandes
Uma tinta tão feia
Sua casca descascada
E a madeira então
Nem era boa
Nada macia, lascava
Ao ser apontada
Enfim, esse cinza
Ficou fora do estojo
Acabou de del em del
Em cima da cama
Sobre a cômoda
Entre coisas ao guarda-roupa
Numa tirada de algo
Junto veio o lápis cinza
Correu. Caiu
Foi-se ao chão
Nem liguei
Depois cheguei
Nisso ia escuro
Pisei no lápis
Ele correu. Rolou
Eu em cima
Que tombo fenomenal
Porcaria de lápis
Sem dó
Lancei-o as labaredas
Do fogão a lenha
Fiquei olhando
Gostei de vê-lo
Sendo aniquilado
(Como se a culpa fosse dele)
(Eu o excluí do estojo)
(Os meninos estão furtando aos sinais)
Nenhum comentário:
Postar um comentário