Certa vez eu vinha da roça
Que calamidade
Fui açoitado
Por um frio beliscado
De uma chuva daquelas
Que caiu tão gelada.
Já em casa,
Enxada num canto
A toda pressa
Mandei lenha à brasa
Queria água quentinha
O fogão era a serpentina
No chuveiro
A sensação foi incomum
Um quente me
Queimava por fora
Um frio me esfriava
Por dentro
Tudo ao mesmo tempo
Estranho desencontro
A natureza tem
Seu tempo
Não adianta forçar
Às vezes paciência
E preciso
Ao apressado a vida
E mais custosa
Pois laranja ainda verde
Geralmente é azeda
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