Da capital
do Estado
Com ela nas
mãos
Papai chegou
empolgado
Os olhos
brilhavam
O envelope
violado
Notícias do
concurso
Você foi
aprovado
Não há nada
melhor
Que filho
empregado
Mamãe
chorou, nem sei
Se alegre ou
desolada
Nem ela
sabia
Era tudo
misturado
Era bom ao filho
deixar
A vida de
roça judiada
Triste seria
tê-lo
Longe dos
seus cuidados
De repente
pesando tudo
Deu uma
agonia danada
Ô que vontade
de rasgar
A carta
recém-chegada
E proibir ao filho
de
Arredar pés
do seu lado
Mas pensou
direito
Seria
egoísmo impensado
O pai estava
certo. Bom
Ao filho era
estar empregado
De repente até
um raiva,
Um raiva danada
Um raiva danada
O seu coração a mil,
Tão agitado
Tão agitado
E na mesa, quietinha,
a cartinha
a cartinha
Como não acontecesse nada
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